Antes que eu esqueca, mais uma vez, de contar um episodio passado no nono dia, transcrevo: Estava num lift de dois sentadinho com a Marcia e começo a comentar como a cidade é seca. Concordando comigo ela presta atenção. Digo que o problema de ser muito seco é que quando esquiamos, entramos em contato com o ar causando atrito e consequentemente gerando eletricidade estática em nosso corpo. Tal fenonemo pode ser comprovado, quando aproximo a mao da barra de seguranca do lift e ela sobre atraída pela minha mao. Obviamente a barra pesa muito para que isso aconteca, mas a barra corre por tras do lift e dei uma "ajudinha" com a outra mao para ela subir. Nesse momento a Marcia fica espantada com o fenomeno e resolve brincar tambem. Obviamente, nao tive como saber que horas ela ia subir ou descer com a mao, descobrindo a grande maldade que fiz com ela. Quase cai do lift de rir e por ea ter tentando me jogar.
Mas o dia de hoje nao foi diferente do habitual. Dia de sol, com aquela neve meia-boca, agora sem Raquel e Gustavo. Resolvi levar a maquina mais legal para a montanha. Dei umas voltas pela montanha e achei a galera no park menor. De lá fiquei tirando fotos da galera saltando. Depois de um tempo, fui ensinar snowboarding a Marcia, que tinha me enchido o saco com isso. Sou péssimo professor em tudo. Para um segundo dia de snow, ela estava maravilhosamente bem, mas nao ia contar isso para ela. Seria capaz dela ficar descendo a montanha o dia inteiro em folha seca (movimento lateral da prancha com troca de base). Folha seca é um vicio muito comum aos snowboarders que estão comecando. Pois vc pode descer a montanha inteira assim e nao cair. Mas nao queria que ela pega-se esse vicio.
Como estavamos no alto da montanha, final do dia, nao passava mais ninguem, estava escurecendo, nao perdoei e avisei: "Se a ponta de tras da prancha, passar a ponta da frente, eu desco direto pra base se te esperar!". Isso evitaria a folha seca. E nesse regime militar a coitada desceu a montanha fazendo pequenos turns. Muito bem!!!
Na base, percebi que minha maquina fotografica, a pequena, tinha ficado na montanha. O bolso do casaco ficou aberta e ela caiu em algum momento, que, obviamente, nao vi.
De volta ao hotel e banho tomando fomos tomar umas Margheritas no Rita's. Não encontramos com o Fabiano e o Joao. Eles estavam sem radio e não os achamos.
Tinha ido com a intencao apenas de comer. Mas fui voto vencido e tomei 2 cervejas e 2 margheritas. Saimos animados e fomos para o Salt Creek. Mau foi deixar o goggle (nao é google!!) no albergue e depois iria nos encontrar no Pub. Bernardo comprou uma jarrinha de cerveja para gente. Estavamos bebendo quando vi o Mau na entrada mostrando os documentos. Me aproximei com os demais e peguei o final da conversa. Mau tinha mostrado a habilitacao a xerox do passaporte e o cara nao queria deixa-lo entrar. Ficou irritado, com razao e desceu. Bernardo desceu atras e a Marcinha ia descendo quando um dos caras da porta, eram dois, disse a ela que nao podia descer com o copo. Dei uma de Migué, fingindo nao escutar e passei por tras dela com meu copo na mao. O cara que tinha barrado o Mau segurou meu braço, fazendo com que eu derramasse cerveja. Molhou minha mao. Olhei para minha mao molhada, olhei para ele. Esperei um pedido de desculpa.
Olhei de novo para minha mao e olhei para ele. Nao disse nada. Virei o copo inteiro no chao e larguei em seguida. Desci as escadas. Marcia nao sabia o que fazer e para nao passar em branco, fez o mesmo e desceu correndo as escadas.
Andando pela rua, rumo ao Liquid Lounge fomos falando sobre o acontecimento. Como um dos caras da porta era ridiculo. Mais a frente paramos na porta do Underground, onde estava rolando um showzinho. Encontramos com uma brasileira chegando e ela disse que o showzinho era bacana. Mas fomos a Liquid Lounge.
Chegando, parecia um banheiro masculino, só tinha homem. Fiquei um pouco bolado achando que estaria numa boite gay. Mas como estava cansado, esse negocio de snow todos os dias mata, voltei cedo para casa.
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