quinta-feira, 12 de março de 2009

16 Dia - Bora!!!

Acordamos relativamente cedo para um voo que seria apenas as 13h. Mas gato escaldado tem medo de agua fria. Check-out do hotel feito, malas socadas no carro, toca pro aeroporto. 

No caminho um momento de tensão. Luz de reserva de combustivel acessa. Ainda faltavam mais de 10 milhas para o aeroporto. Não iria dar. Agora é achar um posto no meio do caminho e voltar, sem ser perder. Por sorte, encontramos um posto bem no caminho. Saimos da I-70 e para voltar era moleza. Colocamos 2 dolares de combustível e voltamos para a estrada. 

Apesar de terem sido apenas 2 dolares, foi o suficiente para apagar a luz da reserva de combustivel. Beleza, vamos em frente! 

Chegamos na devolução do carro. Ufa! Menos uma pendencia. Entramos no onibus da locadora, que nos levará ao terminal de embarque. Onibus apertado! Ainda mais que estamos com as pranchas de snow. 

No check-in, a mala do Johnny pesa 52 lbs. A atendente pede para ele tirar algo de dentro da mala para ficar com 50 lbs. Ele olha, gasta um tempo procurando algo, até que feiosa da atendente deixa a mala dele ir assim mesmo.  Ainda bem que fez isso, pois quando coloquei a minha mala, deu 59 lbs. Não sei o que poderia tirar para ficar mais leve. Mas antes que ela visse o peso, coloquei a prancha de snow, elevando o peso para 89 lbs. Ao todo, os dois volumes teriam que estar abaixo de 100 lbs. Acho que ela só viu o peso total e me liberou tambem.

Comi algo no Taco Bell antes de entrar na area do embarque e fomos para a fila do Raio-X. Essa maldita inspeção sempre leva as pessoas ao ridiculo. Os gordos, que não são poucos nos EUA, tiram o cinto e tem que segurar as calças para ela não cair. Se o detector de metal apitar, vem um infeliz com uma raquete na mão procurar pelo metal. Adivinha o que ele fala - "Levante os braços, por favor.". Imaginou o desespero dos gordos em levantar os braços sem deixar a calca, com diametro de um bambolê, cair?

Beleza. Passamos na boa, a senhora atras de mim chorava, mas por que tinha perdido a passagem. Cada um com seu problema. Rumo ao portão de embarque. Era um voo domestico de Denver a Atlanta. Em Atlanta que iriamos trocar de aeronave. Como sempre, fui um dos ultimos a embarcar. Ao meu lado tinha um brasileiro que estava vindo do Hawaii. Como esse mundo tem brasileiro. Do outro lado, depois do corredor, vi o desespero de uma mulher tentar colocar uma carry-on no bagageiro superior. Sem mentir, a carry-on da mulher era maior que a minha mala despachada. Obvio que não caberia. Mas a mulher cismava em tentar socar a mala em cima. Chega uma aeromoça, não loira, leva a mala para outro lugar. 

Tres horas depois, chegamos em Atlanta. Consegui dormir no voo. Agora teriamos que esperar mais três hora para embarcar. Ainda bem, achamos um local onde tinha internet wi-fi gratuita. É dificil achar de graça nos aeroportos americanos.  

Para variar, tinha uma fofolete loira sentada no meu lugar. Pergunto se o acento dela é o 31C. Ela olha o bilhete, faz cara de monga e responde que é o 35, saindo de fininho.  Tudo bem, o numero um deve parecer com o cinco. Deve ser isso. 

Fabiano senta na outra ponta da fileira e entre nós uma cadeira vazia. Temos espaço! Sao quase dez horas de voo. Durmo pouco, vejo dois filmes. O segundo falta o finalzinho. Mas já adivinho como tenha terminado e chegamos no Rio. 

Nenhuma saudade tinha daquele bafo quente que nos recebe na saida do avião. Como o Rio de Janeiro é quente.  E para finalizar, reparto um táxi com o Johnny para casa. Me mandam um Corolla, ao invés de um Doblo, como solicitado. Rebatemos o banco da frente e colocamos as pranchas. No banco de trás, vou como um adesivo e João debaixo das pranchas. Obviamente, engarrafamento na pobreza da linha vermelha. 

Mal chego no prédio e encontro com a Maria, a síndica. Subiu no elevador comigo, pois queria me contar algo em particular. Lá vem M. Tinha deixado dois vasos de plantas (hortelã e manjericão) com um dos porteiros para que não morresse, quando estivesse viajando. A sindica veio me convidar para a missa de sétimo dia das plantas.